Química das coisas banais: Por favor, uma garrafa de água!
texto do químico Sérgio Rodrigues:Pegue-se num objecto banal e procuremos entender a sua natureza. Por exemplo uma água engarrafada, contém água pura que é analisada periodicamente. É pura porque não tem substâncias estranhas nem microorganismos, embora contenha naturalmente uma pequena quantidade de sais dissolvidos. Águas com uma quantidade muito grande de sais (como a do mar), ou quase nula (como a destilada), podem ser puras, mas não são adequadas para beber.
Olhemos com atenção para a garrafa. Poderia ser de vidro, mas é provavelmente de polietileno terftalato (PET, veja-se o relevo com o triângulo por baixo da garrafa), um polímero (ou plástico) que é reciclável. As rolhas que muitas vezes se juntam para trocar por uma cadeira de rodas, são normalmente de polipropileno (PP), um polímero também reciclável, valioso o suficiente para valer a pena a troca. O rótulo de papel, reciclado ou não, resulta do tratamento de fibras vegetais. As tintas com que está impresso foram obtidas por síntese.
Para além da marca e outras informações, no rótulo podemos encontrar a composição salina da água. Os sais são apresentados com as massas dos iões negativos e positivos cuja soma de cargas tem de ser nula; mas não estão indicados todos os iões (compare-se com a massa do resíduo seco), nem os gases dissolvidos. Uma outra característica indicada é o pH que, como toda a gente sabe, é uma medida de acidez. Não é, no entanto, a acidez, mas a variedade e quantidades de sais e outros materiais dissolvidos que conferem diferenças nos sabores das águas.
A água engarrafada não pode ter cloro nem outros tipos de tratamento, o que é uma vantagem em relação à água canalizada. Mas a água da rede é também cuidadosamente analisada, é muito mais económica e não origina mais garrafas para reciclar.
Não usei a palavra química, mas ela está, como toda a gente sabe, presente em todos os materiais e processos referidos. Para além disso, na obtenção e melhoria desses materiais e na realização e desenvolvimento desses processos está envolvido um número elevado de pessoas, uma boa parte das quais químicos ou com conhecimentos desta ciência.
A química pode ser simples ou complicada, como tudo na vida, mas é sobretudo uma necessidade e garantia da vida e do futuro.
Olhemos com atenção para a garrafa. Poderia ser de vidro, mas é provavelmente de polietileno terftalato (PET, veja-se o relevo com o triângulo por baixo da garrafa), um polímero (ou plástico) que é reciclável. As rolhas que muitas vezes se juntam para trocar por uma cadeira de rodas, são normalmente de polipropileno (PP), um polímero também reciclável, valioso o suficiente para valer a pena a troca. O rótulo de papel, reciclado ou não, resulta do tratamento de fibras vegetais. As tintas com que está impresso foram obtidas por síntese.
Para além da marca e outras informações, no rótulo podemos encontrar a composição salina da água. Os sais são apresentados com as massas dos iões negativos e positivos cuja soma de cargas tem de ser nula; mas não estão indicados todos os iões (compare-se com a massa do resíduo seco), nem os gases dissolvidos. Uma outra característica indicada é o pH que, como toda a gente sabe, é uma medida de acidez. Não é, no entanto, a acidez, mas a variedade e quantidades de sais e outros materiais dissolvidos que conferem diferenças nos sabores das águas.
A água engarrafada não pode ter cloro nem outros tipos de tratamento, o que é uma vantagem em relação à água canalizada. Mas a água da rede é também cuidadosamente analisada, é muito mais económica e não origina mais garrafas para reciclar.
Não usei a palavra química, mas ela está, como toda a gente sabe, presente em todos os materiais e processos referidos. Para além disso, na obtenção e melhoria desses materiais e na realização e desenvolvimento desses processos está envolvido um número elevado de pessoas, uma boa parte das quais químicos ou com conhecimentos desta ciência.
A química pode ser simples ou complicada, como tudo na vida, mas é sobretudo uma necessidade e garantia da vida e do futuro.
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