17 de abr. de 2009

A MELHOR PROFISSÃO DO MUNDO...

MUITOS CIENTISTAS CONFESSAM, meio em segredo, que gostam tanto da sua profissão que pagariam para fazer aquilo para que estão a ser pagos. Claro que se trata de um exagero retórico. Poucos poderiam ter uma actividade científica a tempo inteiro se não fossem remunerados. Já passaram os tempos em que os aristocratas faziam alguma ciência como passatempo. A ciência é hoje uma profissão. E uma boa profissão.
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Nos Estados Unidos, pelo menos, as carreiras científicas estão muito bem cotadas. Segundo um estudo divulgado esta semana pela CareerCast.com, uma organização de empregos, as carreiras científicas são as melhores. Exactamente: as melhores.
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Todo o estudo contraria o desdém pelo estudo e qualificação humana que muitas vezes surge, irreflectidamente, em comentários públicos de pessoas responsáveis. É preciso dizer aos jovens que estudar é um investimento valioso no futuro. É preciso dizê-lo e repeti-lo. A qualificação técnica e humana traduz-se em várias vantagens profissionais. Não é só a remuneração. É a qualidade de emprego, a qualidade de vida e a riqueza cultural.
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O estudo agora divulgado conduz a um «ranking», com todas as simplificações que uma listagem ordenada desse tipo traz, mas também com toda a informação comparativa que dele se pode extrair. Incorpora 200 tipos de empregos e classifica-os com base em cinco critérios fundamentais: ambiente de trabalho, remuneração, perspectivas futuras, exigências físicas e desgaste emocional.
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Os critérios procuram ser objectivos. Ao classificar o ambiente de trabalho consideram-se aspectos como as necessidades de posturas incómodas, as possíveis condições tóxicas ou o confinamento em locais exíguos. Ao falar da remuneração considera-se o vencimento e as diversas regalias adicionais. Ao falar das perspectivas futuras consideram-se os riscos de desemprego, a evolução do salário e as hipóteses de promoção.
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Ao abordar o quarto critério, o da exigência física, entra-se num domínio muito caro aos físicos, que têm ajudado os estatísticos oficiais a elaborar medidas sofisticadas. As profissões são aqui ponderadas com várias medidas, incluindo os pesos que têm de ser levantados, o estilo de movimentos (ajoelhar-se, curvar-se, etc) e o trabalho efectuado (no sentido mecânico).
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Finalmente, o estudo entrou em conta com o desgaste emocional das diversas profissões. Considerou efeitos tais como a competitividade, os riscos e a pressão para resposta.
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Ponderando todos estes factores, a profissão pior colocada (lugar 200) foi a de lenhador, que tem riscos físicos enormes e uma remuneração média reduzida, de menos de 32 mil dólares por ano. No fundo da escala ficaram ainda condutores de taxi (198), pescadores (197), colectores do lixo (195) e bombeiros (182). No topo ficaram os meteorologistas (15), físicos (13), contabilistas (10), analistas de sistemas (6) e engenheiros (5) informáticos. Logo depois aparecem os biólogos (4). Acima destes vem a grande surpresa: os matemáticos!
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As três profissões mais bem colocadas foram as de estatístico (3), ou seja, especialista na matemática da inferência e do tratamento de dados, actuário (2), ou seja, especialista em cálculos matemáticos do risco de seguros e de investimentos, e, finalmente, e propriamente dito, matemático (1).

Lentiada do Nuno Grato....

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