19 de mai. de 2009

SÓ 6% PARA O FUNCIONALISMO....

Requião exige e a Assembléia aprova aumento de apenas 6% para o funcionalismo

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O governo aprovou como quis o aumento salarial do funcionalismo. Nada mais que 6% e sem nenhuma emenda. As do PT foram reunidas em bloco com as demais da oposição, estratégia que obrigou a bancada do PT a se abster na votação para não ajudar a aprovar emendas de tucanos, democratas e do PPS.

Os governistas não deram importância para as galerias tomadas por funcionários. Nem se deixaram sensibilizar pelo argumento que explorou a contradição de um governo que propôs e aprovou 15% de aumento no salário mínimo para os trabalhadores da iniciativa privada, mas que não quis dar mais que 6% para os seus próprios funcionários.

O Fórum sindical vai se reunir para avaliar a derrota e decidir seu próximo passo. Para saber tudo sobre o debate a votação, inclusive quem votou e como votou.

Os deputados estaduais da base governista ficaram intimidados com as recentes ameaças do governador Roberto Requião e derrubaram as emendas propostas pelos deputados da Oposição ao projeto que prevê a reposição da inflação ao salário dos servidores públicos estaduais. Na “Escolinha” da última semana, o governador declarou que aqueles deputados que votassem favoráveis às emendas não contariam mais com as benesses do governo.

“É lamentável chegar a esse ponto. Os poderes tem que trabalhar de forma harmoniosa, mas de maneira independente. A ameaça se fez valer e não conseguimos número suficiente para aprovar um aumento efetivo aos servidores”, declarou Élio Rusch (DEM), líder da Oposição.

Entre as emendas apresentadas, a bancada oposicionista previa um reajuste de 15% e o pagamento do novo valor já no mês de maio, e não apenas 6% a ser pago de acordo com a disponibilidade financeira do Estado, como proposto pelo governo.

“Visávamos uma coerência. Se aprovamos 15% de aumento para o salário mínimo regional que é pago pela iniciativa privada, nada mais justo do que manter o mesmo percentual para os servidores. O lobby foi forte não só do Executivo, mas também do partido do governo sobre alguns deputados”, defendeu Rusch.

Segundo o deputado a atitude dos oposicionistas em requerer um aumento similar ao concedido à iniciativa privada foi baseada os argumentos do próprio governo.

“Em março quando enviaram o reajuste para o salário mínimo regional o governo afirmou que havia um aquecimento da economia e que o setor privado poderia suprir. Se há aumento nas vendas, consequentemente a arrecadação do estado também aumenta”, argumentou Rusch.

O deputado Valdir Rossoni (PSDB) lembra que votou favorável ao reajuste do salário mínimo regional por entender que o governo havia feito um estudo técnico que viabilizasse a proposta e também que seguiria uma similaridade na proposta de reajuste do servidor.

“Não tem justificativa tratar de maneira diferenciada. A partir do momento que o governo dá um tratamento a um setor o governo tem que dar o exemplo aos servidores e não tratar de modo diferenciado”, afirmou.

Rossoni questionou ainda a pressão do governador sobre os deputados, principalmente do Partido dos Trabalhadores.

“Vi uma divisão que não consegui entender. Os deputados do PT se recusaram votar em bloco porque não queriam votar as emendas da Oposição. Justo o PT que teria que representar o servidor público’, disse. “As ameaças do governador foram claras. Vi deputado quase que pedindo desculpas aos servidores porque foi enquadrado. Que poder tem esse homem que intimida tanto?”, questionou relatando que não há nenhuma grande obra no estado, grandes benefícios aos municípios que justifique o amedrontamento de alguns deputados.

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