30 de jan. de 2010

MOMENTOS DE PAZ...

WE ARE FREE NOW....

GALÁXIA ESPIRAL M88...
















M88 é uma das galáxias mais brilhantes e está a cerca de 50 milhões de anos-luz de distância. A
Galáxia espiral M88 tem mais de 100.000 anos-luz.
Foto da NASA

29 de jan. de 2010

Professor Juliano Moreira...

Entrar na Universidade com 13 anos de idade é uma façanha e tanto – coisa de gênio, ora pois!

Mas, um negro entrar em Faculdade de Medicina com 13 anos de idade no Brasil, antes mesmo da abolição da escravatura pareceria improvável, se não tivesse acontecido. Na Bahia.

O nome desse prodigio é Juliano Moreira, que se formou em medicina aos 18 anos.

Trouxe as práticas psiquiátricas para o país, (e, segundo alguns, também a psicanálise daqueles tempos), representou o Brasil em congressos mundiais, foi um lutador.




VEJA AQUI

QUEM SOMOS NÓS?.....

27 de jan. de 2010

MUNDOS INVISÍVEIS....

26 de jan. de 2010

A AVENTURA DO GRANDÃO(HEHEHE..)

Girias do tempo do "EPA"....

Rigon, meu brou, pode crer, a bufunfa tá curta, eu tava na fossa, meio grilada e até um pouco lelé da cuca, mas, bizóia só, agora tô ligada num brother, boa pinta, prafrentex, um pão, papo firme, xuxu beleza. Tô ki tô pacas a fim de botar banca pra cima dele. Espero que ele não fique bolado, não amarele na hora “agá”, não me dê uma tábua, ou mancada. Espero também que não me ache um abacaxi ou muito cricri. Pelo contrário, que me ache um avião, um xodó. Vô mandá um migué pra cima dele, que é um filé supimpa. Não quero marcá toca. E, se ele topá, vamos dar um rolê depois do trampo, vamo tomá uns goró, morô chapa! Se tá boiando no texto? Não tá sacando nada? Demorou, chapa, entra no esquema pra não ficar grilado. Fila um rango, enche a pança primeiro e depois lê esse baguiu, pra não ficar tantã. Na moral, tem gente que acha que o Blog é uma bagaça. Pros escambau! É o fim da picada! Vê se não bota olho gordo rapá! Eu gosto pacas, é bom pra dedel, sacô! Mas chega de lero-lero e vamo xispá, botá sebo nas canelas, porque a coisa tá de lascar, tá ruça bicho, e eu não quero paga mico, pô!

VEJA AQUI NO BLOG DO RIGON

VALE DO PARAÍBA....

Por que nossos políticos com mandato são, na grande maioria, ignorantes?

Resposta:

Porque a maioria dos eleitores que vota neles tem essas mentes brilhantes:

Se você também não sabe:

O Vale do Paraíba é uma região sócio-econômica que abrange parte do leste do estado de São Paulo e oeste do estado do Rio de Janeiro, e que se destaca por concentrar uma parcela considerável do PIB do Brasil. Corresponde aproximadamente ao curso superior do rio Paraíba do Sul. Nas margens da rodovia Presidente Dutra (BR-116), exatamente entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. A população do Vale do Paraíba, somada de todas as cidades da região é de quase 3,3 milhões de habitantes. A região possui um parque industrial altamente desenvolvido, destacando-se o setor automobilístico, aeroespacial/aeronáutico, bélico, metal-mecânico e siderúrgico, entre outras.

As cidades mais importantes são: São José dos Campos, Volta Redonda, Resende, Barra Mansa, Barra do Piraí , Taubaté, Jacareí, Pindamonhangaba e Guaratinguetá.

Lentiada daqui

25 de jan. de 2010

POLO MAGNÉTICO SE DESLOCA MAIS RÁPIDO...

Apesar de simples, usar corretamente uma bússola exige uma série de conhecimentos básicos, que vão desde conhecer os pontos cardeais até a declinação magnética do local em que o observador está. O problema é que o polo magnético da Terra não é um local fixo e à medida que o tempo passa sua localização muda, fazendo com que os mapas tenham que ser atualizados constantemente para refletir essa alteração.

O motivo dessa atualização é que as cartas usam um sistema de meridianos que cruzam os polos geográficos, mas os polos magnéticos não estão no centro desses polos. Atualmente, o polo magnético norte se encontra próximo à ilha canadense de Ellesmere e o polo sul na ilha de Vitória na Antártida. Como as bússolas indicam o norte magnético, faz-se necessária a correção para que se saiba onde fica o norte geográfico.

Imagem representando os campos magnético e geográfico da Terra.

O polo norte magnético foi descoberto em 1831, mas em 1904 os cientistas constataram que sua posição havia se deslocado para nordeste e que continuava a se movimentar constantemente cerca de 15 km por ano nessa direção. Em 1989 os pesquisadores perceberam que a velocidade de deslocamento havia acelerado e em 2007 foi confirmado que a velocidade havia passado de 55 km/ano e que rumava muito rapidamente em direção à Sibéria, na Rússia.

Segundo o cientista Arnaud Chulliat, ligado ao Instituto de Física do Globo, de Paris, os modelos sugerem que existe uma região de magnetismo em rápida transformação na superfície do núcleo terrestre, possivelmente criada por um misterioso manto de magnetismo proveniente do interior do núcleo. No entender do pesquisador, essa região pode estar deslocando o polo magnético de sua antiga posição no norte do Canadá e levando até a Sibéria.

Dínamo

O campo magnético terrestre é gerado pela rotação do metal líquido ao redor do núcleo de ferro sólido e altamente aquecido existente no centro da Terra, criando um fenômeno conhecido como "efeito dínamo". Os especialistas acreditam que a mudança da localização do polo norte magnético ocorre devido a esse movimento, que altera a posição das linhas magnéticas.

Apesar da pesquisa de Chulliat sustentar essa idéia, o pesquisador não afirma que o polo norte poderá um dia se deslocar para a Rússia. Além disso, ninguém sabe quando e onde novas mudanças no núcleo poderão se manifestar, fazendo o norte magnético se mover rumo a uma nova direção. "É muito difícil prever", disse Chulliat, que apresentou seu trabalho em um encontro da União Geofísica Americana.

VEJA AQUI E AQUI

23 de jan. de 2010

VAMOS CONHECER A CHINA....

Pela primeira vez nos seus bem mais de 5000 anos de história, a China, a mais antiga nação sobre a Terra, abre as suas portas ao resto do mundo.


21 de jan. de 2010

A FALSA DEMOCRACIA...

20 de jan. de 2010

O PREFEITO É SAPO FERVIDO?.....

Vários estudos biológicos provam que um sapo colocado num recipiente, com a mesma água de sua lagoa, fica estático durante todo o tempo que aquecemos a água, até que ferva.


O sapo não reage ao gradual aumento da temperatura (mudanças do ambiente) e morre quando a água ferve. lnchadinho e feliz.


Por outro lado, um sapo que seja jogado neste recipiente já com a água fervendo salta imediatamente para fora. Meio "cozido", porém vivo!


Muitas pessoas têm comportamento similar ao do SAPO FERVIDO. Não percebem as mudanças, acham que está tudo bem, que vai passar, que é só dar um tempo! E fazem um grande estrago, "morrendo" inchadinhos e felizes, sem terem percebido ou avaliado o resultado de suas ações (ou falta de). Outros, graças a Deus, ao serem confrontados com as questões, pulam, saltam; em ações que representam, na metáfora, os trabalhos necessários.
Temos vários sapos fervidos por aí, prestes a morrer, porém boiando estáveis e impávidos na água que se aquece a cada minuto.

Sapos fervidos que não perceberam que o conceito de administrar significa cuidar de uma manutenção eficiente do lugar, em sí. Não há futuro se não administramos o presente.


Assim, os sapos fervidos não percebem, que na administração, além de serem eficientes (fazer certo as coisas), precisam ser eficazes (fazer as coisas certas).

O desafio ainda maior está na humildade de atuar de forma coletiva. Tomar decisões coletivas exige, fundamentalmente, muita competência interpessoal para o desenvolvimento e o espírito de equipe. Exige saber partilhar o poder, delegar, acreditar no potencial das pessoas e saber ouvir até os Sapos Fervidos, que ainda acreditam que o fundamental é conservar o emprego a qualquer custo, independente da competência e do compromisso com a Comunidade.

Veja aqui

MESTRES DO DINHEIRO.....

A história de como os Bancos Privados se tornaram a mais poderosa e infame dominação do mundo.


19 de jan. de 2010

IMMUNE ATTACK

A galera teen parece ter uma intuição natural quando o assunto é música, esportes e produtos eletrônicos. Mas a maioria da turma não demonstra qualquer inclinação natural quando se trata de ter um entendimento básico de biologia celular.

Pensando nisso, a Federação de Cientistas Americanos usou toda a sua psicologia, e um bocado de tecnologia de jogos e imagens 3D, para criar o jogo Immune Attack (Ataque Imunológico, numa tradução livre).

O objetivo é tornar mais divertido para os jovens o mergulho no mundo microscópico das proteínas e células do sistema imunológico humano.

Ataque Imunológico

O Immune Attack é um jogo em três dimensões que funciona como uma sala sem aula onde se pode obter brincando um entendimento básico da biologia celular e da física e química moleculares.

Além de exercer um pouco de altruísmo. A missão no Immune Attack é salvar um paciente que sofre de uma infecção bacteriana.

No ambiente de jogo, as proteínas, células e moléculas se comportam exatamente como na natureza, o mesmo ocorrendo com ações como a captura dos glóbulos brancos pelas proteínas nas paredes dos vasos sanguíneos.

VEJA AQUI


DOCUMENTÁRIO: O ÁTOMO

18 de jan. de 2010

EGITO ANTIGO....

DOCUMENTÁRIO: O FIM DA TERRA

Novos Scanners....















Imagem recolhida pelos novos scanners que já estão instalados em vários aeroportos.
VEJA AQUI

16 de jan. de 2010

RITUAL DE PASSAMENTO....

CONCLUSÃO....

Estava pensando... meu cachorro dorme em media 20 horas por dia. Ele tem toda a comida preparada para ele. Ele pode comer qualquer coisa que ele queira. A comida é dada a ele sem custo. Ele visita o veterinario uma vez ao ano, ou quando necessario, se algum mal aparece. Por isso ele nao paga nada, e nada é pedido a ele. Mora em uma boa vizinhanca e em uma casa que é muito maior do que necessita, mas nao precisa limpar nada. Se ele faz sujeira, alguem limpa. Ele escolhe os melhores lugares da casa para dormir, e recebe essas acomodacoes completamente gratis. Vive como um rei e nao tem nenhuma despesa devido a isso. Todos os seus custos sao pagos por outras pessoas que tem que sair de casa para ganhar a vida todo o dia.
Eu estive pensando sobre isso, e de repente veio a resposta rapidinho... MEU CACHORRO É UM POLÍTICO.
VEJA AQUI

15 de jan. de 2010

SAVE THE PLANET....

O comediante e critico George Carlin fala sobre "salvar o planeta" e como estamos enganados.

14 de jan. de 2010

O mundo perde um anjo...


















imagem do blog do solda...

11 de jan. de 2010

De la Servitude Moderne...

LEVANTE SUA VOZ....

10 de jan. de 2010

A MÁGICA DE LENNART GREEN.....



O mágico Lennart Green, sueco de 68 anos, licenciado em Medicina, já atuou perante reis e rainhas, ministros e presidentes, intelectuais e cientistas, em mais de uma centena de países. A sua magia é única, como absolutamente singular é a sua forma de actuar.

Verdadeiro mestre, admirado entre os seus pares, sagrou-se campeão do mundo em magia com cartas, pela Federação Internacional das Sociedades Mágicas, no ano de 1991. Recentemente actuou para os criadores do Google e partilhou a sua visão do mundo na exclusivíssima TED.

O modo como realiza as suas ilusões permite que elas se confundam com “milagres”, que têm lugar a centímetros dos olhos incrédulos dos espectadores.

8 de jan. de 2010

A GRANDE FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL...



Exibido em 8/3/2007 pelo Channel 4 britânico, "A Grande Farsa do Aquecimento Global" (de Martin Durkin) vai na contramão de "Uma Verdade Inconveniente" (de Al Gore), reunindo os depoimentos de cientistas reconhecidos para denunciar que a teoria do aquecimento global causado pelo homem não tem base científica e que a elevação da temperatura decorre de um ciclo natural. Depoimentos de Carl Wunsch, Eigil Friis-Christensen, Frederick Singer, Ian Clark, James Shikwati, John Christy, Lord Lawson de Blaby, Nigel Calder, Nir Shaviv, Patrick Michaels, Patrick Moore, Paul Reiter, Philip Stott, Piers Corbvn, Richard Lindzen, Roy Spencer, Syun-Ichi Akasofu e Tim Ball. Vídeo com legendas em português.

Veja o vídeo aqui....

7 de jan. de 2010

Sistema Solar é minoria.....

Agência FAPESP – Na busca por encontrar sistemas parecidos com o Sistema Solar, astrônomos conseguiram determinar o quanto esse último é comum. Ou melhor, o quanto não é comum.

Segundo a análise, apresentada nesta terça-feira (5/1) em reunião da Sociedade Astronômica dos Estados Unidos, em Washington, apenas 10% de todas as estrelas no Universo compõem sistemas como o integrado pela Terra, que conta com diversos planetas gigantes gasosos em sua parte mais externa.

“Agora conhecemos nosso lugar no Universo. Sistemas como o nosso não são raros, mas estão longe de ser a maioria”, disse Scott Gaudi, da Universidade do Estado de Ohio, que apresentou os dados ao receber o prêmio Helen B. Warner da sociedade norte-americana.

Os resultados do estudo derivam de uma colaboração internacional coordenada pelo pesquisador e chamada de Microlensing Follow-Up Network (MicroFUN), que tem como objetivo vasculhar o céu em busca de planetas extrassolares.

Os pesquisadores usam um efeito conhecido como microlente gravitacional, que ocorre quando uma estrela passa na frente de outra, conforme vistas da Terra. A estrela mais próxima magnifica a luz da mais distante, como se fosse uma lente.

Se planetas estiverem em órbita da estrela mais próxima, eles aumentam a ampliação brevemente, à medida que passam pelo campo de observação. Esse método é especialmente adequado para detectar planetas gigantes nos extremos de sistemas estelares – planetas parecidos com Júpiter.

A pesquisa é resultado de uma década de estudos e de uma epifania, como contou Gaudi. Há dez anos, o astrônomo escreveu sua tese de doutorado a respeito de um método para calcular a probabilidade da existência de planetas extrassolares. Na época, ele concluiu que menos de 45% das estrelas poderiam conter configurações semelhantes à do Sistema Solar.

Em dezembro de 2009, Gaudi estava analisando o espectro de propriedades dos planetas extrassolares encontrados até então junto com Andrew Gould, professor de Astronomia da Universidade do Estado de Ohio, quando descobriram inesperadamente um padrão.

“Basicamente, verificamos que a resposta já estava na tese de Scott. Ao inserir os últimos quatro anos de dados do MicroFUN nos cálculos feitos há dez anos, conseguimos estimar as frequências dos sistemas planetários”, disse Gould.

A análise foi reforçada por uma estatística importante: nos últimos quatro anos os pesquisadores do MicroFUN descobriram um único sistema parecido com o Solar – a descoberta foi publicada na Science em 2008.

“Apesar dessa determinação inicial de 10% ser baseada em apenas um único sistema como o Solar, e de o número final poder mudar consideravalmente, nosso estudo indica que podemos começar a fazer tais medidas com os instrumentos de que dispomos hoje”, disse Gaudi.
VEJA AQUI

6 de jan. de 2010

LOIRA NA FACULDADE....

Na faculdade, uma linda loira com 250 ml de silicone perfeitamente instalados em cada peito, um corpo escultural, um bronzeado luxuriante e um perfume encantador, entra na sala do professor, fecha a porta e se ajoelha a seus pés.

- Eu faria QUALQUER COISA para passar no exame...

E, olhando-o no fundo dos olhos, com a voz mais insinuante possível, e dobrando-se para tornar mais generoso o decote, ela insiste:

- Realmente qualquer coisa...

O professor pergunta:

- Verdade? Qualquer coisa?

E a moça, cujo sorriso é um verdadeiro atentado ao pudor:

- Sim, qualquer coisa!

Então ele se aproxima de seu ouvido e diz:

- Que tal... estudar?

5 de jan. de 2010

Crítica | O fim da política

Crítica | O fim da política

Quando a época glaciar estava a chegar ao fim, os Neandertais pensavam provavelmente que aqueles verões quentes europeus eram apenas uma excepção. Afinal, sempre os glaciares tinham sido presença constante na Europa. Não são Neandertais que hoje olham para as novidades que talvez venham a caracterizar o futuro, mas podem estar a cometer o mesmo erro de tomar o que é uma nova tendência por mera excepção.

Eis o mito contemporâneo: a liberdade e a democracia, tal como são concebidos na Europa e nos Estados Unidos, são direitos fundamentais, e a vida humana não pode florescer adequadamente sem eles. E eis o que os intelectuais Neandertais considerariam meras excepções: Singapura, China, Rússia, Emiratos Árabes Unidos, Índia… e até o Reino Unido e os EUA. Em todos estes casos, a liberdade e a democracia têm sido reconfiguradas e fortemente restringidas, em nome da produção da riqueza, nos primeiros casos, e da segurança, nos dois últimos. E os povos desses países não se queixam. Alguns intelectuais desses países queixam-se, mas não a generalidade das pessoas.

Pensar que a liberdade e os processos democráticos são fins em si é talvez a grande ilusão contemporânea, ilusão que bate na parede inamovível da mentalidade pragmática e sem ideologias da generalidade da população dos países hoje mais ricos. A generalidade da população destes países não participa no processo democrático — nem fazem uma coisa tão simples como votar, quanto mais associar-se aos partidos políticos ou fazer novos partidos políticos, ou participar nas instituições públicas apartidárias. A generalidade da população destes países não quer saber da política.

“Não dizemos que um homem que não revela interesse pela política é um homem que nada tem a ver com a vida alheia; dizemos que nada tem a ver com a vida,” escreveu Tucídides — e poderá com estas palavras ter sintetizado a grande ilusão humana que agora está a ser refutada pela história, a ilusão de que todo o ser humano adequadamente formado tem interesse na vida pública. Afinal, “vida privada” até quer originalmente dizer vida de privação, privada de algo importante. A ideia iluminista era que as populações europeias só não se interessavam pela política porque estavam brutalizadas pela ignorância e pela pobreza; dadas boas condições de vida e instrução, toda a gente seria, se não um Aristóteles, pelo menos um parlamentar em potência.

A ideia veio a morrer de morte natural, mas o cadáver caminha. A participação na vida pública não aumentou na Europa, apesar de as pessoas terem agora a riqueza, o tempo e a instrução para o fazer. Não o fazem, porque não estão interessadas em fazê-lo. Preferem ver cinema ou futebol ou televisão, fazer compras, passar férias e fins-de-semana na praia — enfim, mil coisas, mas não perder tempo com a vida pública. O cadáver caminha ainda porque não se pára de ouvir falar na importância da participação na vida pública, a que se chama cidadania. Impõe-se isso como valor nas escolas e na televisão. E não funciona. Nada muda. O acto mais simples de cidadania é votar, mas nem isso a generalidade das pessoas fazem na Europa ou nos EUA.

Mas fazem-no em regimes populistas, manifestando-se aos milhares nas ruas de Hugo Chávez. Fazem-no pela mesma razão que o faziam na Europa das convulsões sociais, a Europa da pobreza e da multidão de ignorantes: porque viam na política uma luz, uma esperança, para uma vida melhor. Agora que têm uma vida melhor, a política, a vida pública, perdeu o interesse.

Há aqui um conflito entre concepções diferentes da vida pública e da política. Os intelectuais, herdeiros de leituras e tradições bem definidas, encaram a vida pública aristotelicamente, como um valor em si, e a vida privada como uma vida de privação. Mas a generalidade da população sempre encarou a vida pública como um mero meio para ter uma vida privada melhor — com mais dinheiro, mais e melhores bens e serviços, mais conforto e diversão. Quando se encara a vida pública instrumentalmente, não se participa mais na vida pública quando a vida privada já devolve um nível adequado de satisfação. Afinal, não vamos ao médico excepto quando estamos doentes ou para prevenir a doença. Não damos valor intrínseco à medicina.

Pense-se bem: qual é o mal de ter instituições profissionalizadas que gerem a coisa pública, se a gerirem bem, justamente, de modo a gerar riqueza e bem-estar para todos, mas nas quais a generalidade da população não participa? Basta fazer esta pergunta para ver a raiz do desinteresse que as populações têm pela vida pública. Têm desinteresse precisamente porque não acreditam que a sua participação poderia fazê-los viver melhor — quer porque já vivem bem, quer porque acreditam que todos os políticos são incompetentes para gerir a coisa pública de modo a produzir mais riqueza e mais justiça.

É aqui que as excepções Neandertais deixam de parecer excepções e começam a parecer uma tendência da vida pública contemporânea. É um pacto entre os cidadãos e os governantes. Desde que os governantes não abusem do poder para benefícios pessoais ilegítimos e megalómanos, nem para perseguir pessoas fanaticamente, não precisam de fingir que estão interessados em alargar liberdades e imaginadas cidadanias — só precisam de criar condições para que haja riqueza, consumo, bem-estar económico, diversão, liberdade económica. O resto são abstracções sem interesse para a generalidade da população. Não se pode dizer mal do primeiro-ministro, nos jornais? Mas que interesse tem para a população em geral entrar nessa peixeirada de chamar nomes aos políticos em público, se os políticos forem profissionais competentes? Afinal, ninguém tem vontade de ir para os jornais chamar nomes ao presidente da Coca-Cola.

Por que razão os dissidentes chineses ou de Singapura ou dos Emiratos Árabes não encontram na generalidade da população o género de apoio social que Hugo Chávez encontra? Porque essas populações sabem que os seus governantes estão a criar riqueza a um ritmo alucinante, dando à população o que ela quer; que ganha ela em ter eleições livres, imprensa livre e todas as chatices, todo o barulho, que isso acarreta? Quem tem interesse nisso são exclusivamente os outros políticos, mas quando a população em geral está a ver o seu nível de vida a melhorar, não precisa dos políticos da oposição.

Eis outro indício. Folheie-se um jornal de referência de um qualquer país livre e democrático. Os jornais, recorde-se, são um bom espelho das preferências das pessoas, porque são inteiramente financiados pelas pessoas que os compram. Os jornais não são como instituições públicas que têm financiamento independentemente de a generalidade das pessoas gostar do que elas fazem. Muito bem, então olhe-se com atenção. Mais de dois terços de qualquer jornal de referência não são dedicados à vida pública, no sentido de vida política; são dedicados a trivialidades e brincadeiras infantis relacionadas com o entretenimento, estrelas de cinema e de futebol, modelos, etc. Mesmo a parte em que se fala de políticos, é muitas vezes com a mesma frivolidade infantil com que se fala de futebolistas, mas com menos respeito. E estamos a falar dos jornais de referência — que são, em qualquer país europeu ou norte-americano, os jornais com menos tiragens: os jornais ou revistas sensacionalistas têm tiragens muitíssimo superiores aos jornais de referência. O que nos diz tudo isto? Que a população em geral está muito interessada na vida política?

Parece-me chegada a hora de compreender este facto simples. Algumas elites estão interessadas na vida pública. Têm ideias sobre a organização social e para melhorar as instituições, que querem pôr em prática. Mas a generalidade da população tem apenas interesse em ter instituições sociais justas que produzam riqueza e bem-estar, mas não está minimamente interessada em participar nelas. Apenas quer que alguém competente faça isso. Tal como eu quero que o meu médico seja competente quando vou ao médico, mas não tenho interesse algum em estudar medicina.

Um interesse intenso pela vida política só faz sentido para a generalidade das pessoas quando o conforto da sua vida privada está em risco, ou quando têm a esperança de que uma mudança política terá resultados importantes para a qualidade da sua vida privada. A partir do momento em que o barco está no bom caminho, digamos assim, as pessoas desinteressam-se. E penso que se não fosse a retórica da cidadania a generalidade das pessoas assumiria o seu interesse meramente instrumental na política. A questão é: o que há de errado nessa atitude? Usando a metáfora da República de Platão, defender a democracia é defender que toda a gente num navio deve ir dar dicas ao capitão sobre a maneira de manobrar o navio. Platão argumentava que isto é uma tolice porque a generalidade das pessoas não sabe manobrar navios. O pensamento democrático fica horrorizado com isto e insiste na rotatividade política e na participação aristotélica de todos nas manobras, ainda que indirectamente, através do voto e da imprensa livre. Mas aparentemente Platão conhecia melhor a natureza humana; não se trata de impedir toda a gente de mandar bocas sobre as manobras do navio. Trata-se, ao invés, de a generalidade das pessoas não estar interessada nisso — desde que o capitão demonstre a sua competência.

Chegámos então ao fim da política? Teremos então no futuro não o conhecido jogo político mas apenas gestores competentes, como em Singapura? Talvez. Porque talvez seja isso que as pessoas realmente querem.

Vale a pena uma última palavra. Quando se pensa em restrições severas à democracia e à liberdade, pensa-se em presos políticos, perseguições, mortes, violência de estado. E isso ninguém quer. Mas não é disso que se trata agora. As novas restrições à liberdade e à democracia não estão ao serviço da tirania brutal e assassina; estão apenas ao serviço da estabilidade e da segurança que permitem a riqueza. As pessoas podem criticar o governo se quiserem, mas não fazer disso um desporto nacional — e se tiverem críticas realmente boas, acabam por ser chamadas pelo governo para as aplicar.

Será este o futuro político da humanidade? Não o modelo da democracia de gritaria, mas um modelo que não se reja por maiorias, nem eleições, nem partidos de oposição, nem gritarias ofensivas nos jornais, mas por competências de gestão económica arduamente demonstradas?

Desidério Murcho

4 de jan. de 2010

2010: ANO INTERNACIONAL DA BIODIVERSIDADE...

Depois da Astronomia a Biologia e a Ecologia. As Nações Unidas determinaram que 2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade. No vídeo, o Secretário Geral das Nações Unidas faz o respectivo anúncio.


3 de jan. de 2010

VAMOS VIAJAR?.....